A Família Salesiana celebra nesta terça-feira, 6, o centenário de morte do 1º sucessor de Dom Bosco, o Bem-aventurado padre Miguel Rua, ocorrida exatamente há um século, em Valdocco, Turim.
Os Salesianos estão dedicando à memória deste grande sacerdote, educador e religioso, todo um ano de comemorações. Iniciado no dia 31 de janeiro, o Ano Centenário de Morte do 1º Sucessor de Dom Bosco terminará com o Congresso Internacional “Padre Rua na História”, a ser celebrado de 29 a 31 de outubro, no Salesianum, de Roma.
Dos primeiros jovens a serem acolhidos por Dom Bosco, Miguel Rua cresceu no Oratório de Valdocco e, depois de ter sido um dos primeiríssimos a fazer a profissão religiosa na Congregação salesiana, tornou-se o braço direito do Fundador, com o qual partilhou tanto a vida quanto os ideais. “Miguel – lhe dissera certa vez Dom Bosco – nós dois faremos tudo a meias!”.
“Quando assumiu a direção da Congregação, ela já possuía 700 religiosos. Mas quando morreu, havia 4000. Herdou de Dom Bosco 64 obras espalhadas por seis países; deixou 341 ao seu sucessor, espalhadas em 30 nações do Velho e do Novo Continente. À morte do Fundador, em 1888, as missões salesianas se limitavam à Patagônia e à Terra do Fogo; em 1910 delas já faziam parte as do Mato Grosso, no Brasil, e as do Equador, seguidas logo pelas da China, Índia, Egito e o Moçambique” – sublinhava o P. Auffray, salesiano da primeira geração, ao traçar um perfil do P. Rua.
As suas qualidades principais podem ser assim enunciadas: grande abertura pastoral e social, operosidade incansável ditada pelo lema “trabalho e temperança”. A essas se acrescentem: grande sensibilidade, cordial mansidão, predileção pelos jovens mais pobres, espírito oratoriano – desse espírito costumava dizer: “cada casa deve ser um oratório” –, ardente zelo missionário e profunda dedicação aos Leigos.
O P. Rua herdou de Dom Bosco um vivo interesse pelos jovens trabalhadores e pela classe operária, além de uma grande simpatia pelas formas de organização orientadas a proteger e tutelar os direitos de cada pessoa. Com bons relacionamentos – já desde 1875 – com o reformador social francês Leão Harmel, apoiou e deu assistência aos numerosos grupos operários franceses que, mais de uma vez manifestaram na Itália, e também perante o Papa Autor da “Rerum Novarum” Leão XIII, a sua deles condição de operários cristãos. Exatamente por interesse do Bem-aventurado P. Miguel Rua se deve a fundação, em Turim, do primeiro sindicato católico das operárias da indústria da moda; e não foram raras as suas iniciativas para restabelecer, nos casos de greves e no respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, relações mais justas entre patrões e operários.
A fama de santidade que acompanhou o P. Rua durante toda a sua vida cresceu depois da sua morte: o Papa Paulo VI o beatificou no dia 29 de outubro de 1972.
No site sdb.org acham-se à disposição variados recursos e materiais concernentes à vida e à obra do P. Rua. Em breve será publicado o DVD “P. Rua – O Sucessor”, produzido por ‘Missões Dom Bosco’, em colaboração com o Instituto Histórico Salesiano (ISS)
