terça-feira, 2 de novembro de 2010

“Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11, 25)

Hoje a Igreja convida a todos nós a celebrarmos a “Comemoração de todos os fiéis defuntos”, na qual rezamos por todos aqueles que nos são queridos: lembramo-nos dos nossos pais, irmãos, filhos e todos os que foram importantes para nós durante suas vidas, mas que já partiram para a casa do Pai. Com um olhar unicamente humano poderíamos hoje ressaltar a falta que estes nos fazem e a saudade que sentimos deles, entretanto o que realmente deveríamos ver é o mistério de Deus escondido na morte, o mistério da ressurreição.
Em um dos evangelhos propostos para hoje, o evangelista João quer nos dar a certeza de que a morte não é um fim, mas uma passagem, ou melhor, uma Páscoa para a “Terra Prometida” e por isso é vida, é ressurreição: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais.” (Jo 11, 25-26), essa certeza quem nos dá é Jesus, sendo ele o Caminho para o Pai e a Vida em abundância, somente Ele pode nos conceder este imensurável dom que tanto ansiamos. “Desejamos a própria vida, a vida verdadeira, que depois não seja tocada nem sequer pela morte” (Spe Salvi, n. 12) É pelo anseio desta vida plena que hoje rezamos!
Se outrora se fazia celebrar os golpes da morte, hoje a Igreja quer que “a Liturgia dos defuntos exprima de modo mais evidente o caráter pascal da morte cristã” (Sacrosanctum Concilium, n. 91), por isso o dia de hoje não deve ser de lembranças ruins, mas de uma fé pautada na esperança que todo cristão deve ter, pois usamos deste dia para orar pelos nossos irmãos que necessitam das nossas orações para que purificados de toda mancha de pecado gozem das eternas alegrias nos braços carinhosos de Deus que é Pai e plena Vida.

Cesar Almeida Siqueira
Pré-noviço salesiano

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